segunda-feira, 19 de novembro de 2012

2.1. Dissertação de Mestrado


 
 Gregori Jr. F. Resultados Hemodinâmicos do Implante Intramiocárdico de Artéria Mamária Interna. São Paulo – SP, 1980. “Dissertação” (Mestrado). Apresentada a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Aprovado com nota 10 com “distinção”. Banca Examinadora: Dr. Geraldo Verginelli (presidente), Dr. Seigo Tsuzaki e Dr. Paul Qualifc.

O estudo mostrou os seguintes resultados:

1       Noventa e dois por cento dos implantes apresentaram-se pérvios
2       Setenta e cinco por cento dos implantes estabeleceram circulação colateral com o sistema coronariano (implantes funcionantes)
3       Implantes funcionantes ocorreram com igual frequência na parede anterior e inferior do ventrículo esquerdo
4       A análise global da contratilidade ventricular e esquerda mostrou valores pré-operatórios da “Velocidade Média do Encurtamento Circunferencial” (VMEC), superiores no grupo de pacientes que tiveram implantes funcionantes em relação àqueles com implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes (p <5%)
5       A análise global da contratilidade ventricular esquerda mostrou valores pós-operatórios normais da VMEC em todos os pacientes com implantes funcionantes
6       Houve elevação pós-operatória significativa, dos valores de VMEC em relação ao pré-operatório, no grupo de pacientes com implantes funcionantes (p<5%)
7       A contratilidade ventricular global normalizou-se em três pacientes com implantes funcionantes, com valores da VMEC abaixo do normal no pré-operatório
8       Todos os pacientes com implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes apresentaram os valores pós-operatórios da VMEC abaixo do normal
9       Houve diminuição pós-operatória, significativa, dos valores de VMEC, em relação ao pré-operatório, no grupo de pacientes com implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes (p<10%)
10    Os valores pós-operatórios da VMEC foram, significativamente, superiores no grupo de pacientes com implantes funcionantes em relação ao grupo de implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes (p<1%)
11    .A análise regional da contratilidade ventricular esquerda no grupo de pacientes (9 casos) com implantes funcionantes para a parede anterior mostrou “Velocidade de Encurtamento do Segmento Anterior (VESA) pré-operatória normal, exceto em dois pacientes
12    Todos os valores da “Velocidade de Encurtamento Segmentar” (VESA) deste grupo foram normais no pós-operatório, havendo, portanto, normalização dos valores em dois pacientes
13    Análise regional da contratilidade ventricular esquerda no grupo de pacientes (5 casos) com implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes, para a parede anterior mostrou VESA pré-operatória normal em apenas um paciente
14    Apenas um paciente, deste grupo apresentou normalização da VESA no pós-operatório e tratava-se de implante pérvio não funcionante
15    A análise regional da contratilidade ventricular esquerda no grupo de pacientes (4 casos) com implantes funcionantes para a parede inferior, mostrou “Velocidade de Encurtamento do Segmento Inferior” (VESI) pré-operatória normal em três pacientes
16    Três pacientes deste grupo apresentaram VESI pós-operatória normal, havendo normalização em um e piora em outro
17    A análise regional da contratilidade ventricular esquerda em dois pacientes com implantes obstruídos ou pérvios não funcionantes para a parede inferior mostrou VESI pré-operatória normal em um e abaixo do normal em outro
18    Os dois pacientes deste grupo apresentaram VESI pós-operatória abaixo do normal
19    Análise regional de contratilidade ventricular esquerda no grupo de pacientes (9 casos) com implantes funcionantes para a parede anterior mostrou “Velocidade de Encurtamento do Seguimento Apical” (VESAp)  pré-operatória normal em quatro pacientes
20    Cinco pacientes deste grupo apresentaram VESAp normal no pós-operatório havendo normalização em dois e piora em um

Em conclusão:

A alta incidência de implantes pérvios e funcionantes observados na casuística, aliada a melhora pós-operatória da contratilidade miocárdica do ventrículo esquerdo, permitiu concluir que a operação de implante intramiocárdico de artéria mamária interna, é um  procedimento válido de revascularização do miocárdio, em pacientes com lesões críticas e difusas das artérias coronárias